A informação foi avançada pelo gabinete de Pedro Marques, ministro do Planeamento e Infraestruturas, responsável por coordenar todas as avaliações que foram feitas.
Os estudos que foram feitos entretanto ganham, de acordo com Pedro Marques, especial importância tendo em conta que o governo considera que havia muito trabalho por fazer. “Foi esse trabalho que estivemos a realizar ao longo do último ano: estudos de procura, de avaliação das alternativas e a sua articulação com a gestão do tráfego aéreo, estudos de capacidade e estudos de compatibilização das soluções com as operações da Força Aérea”, explicou na assinatura do memorando com a ANA Aeroportos.
União contra aeroporto complementar no Montijo
Para o governo, o Montijo é a melhor opção para solucionar a falta de capacidade do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, mas o que não falta é quem não concorde e a polémica está de volta. Depois de muitos ambientalistas colocarem várias questões como a poluição do ar ou a conservação da natureza, foi a vez de os municípios da região de Setúbal contestarem a ideia de um aeroporto no Montijo.
Maria das Dores Meira, presidente da Câmara de Setúbal, chegou mesmo a acusar o governo de “favorecimento político-partidário” da Câmara do Montijo. “Acho que é uma falta de respeito haver um plano estratégico, haver pensamento sobre a região, haver documentos elaborados sobre esse plano estratégico e o governo nem sequer convocar todos os municípios para falar disto, dando apenas conhecimento ao município da sua cor partidária”, explicou.
Também pilotos e engenheiros se mostram contra esta solução. O bastonário da Ordem dos Engenheiros fez saber que as acessibilidades ao novo aeroporto devem ser tidas em conta.