Hoje em dia é frequente encontrar cães e gatos domésticos, que recebem os cuidados de saúde adequados, com 15 anos, enquanto há uma década não passavam dos 13. Esta é a conclusão de Luís Montenegro, um médico veterinário e diretor de um hospital veterinário, que declarou ao Diário de Notícias: “Os melhores cuidados veterinários disponibilizados pelos donos dos animais domésticos aumentaram a esperança de vida dos cães e dos gatos que antes não viviam tanto tempo”.
Ainda segundo este veterinário, o aumento da esperança de vida prende-se sobretudo com as novas atitudes dos donos, que vacinam os animais, levam-nos mais vezes ao veterinário, e têm mais cuidado com a alimentação.
Quero focar este último aspeto: tenho três animais domésticos, e todos comem comida para idoso esterilizado (que também são os três). Há uns meses atrás, descuidei-me com a compra da comida e acabei, em emergência, por comprar comida de supermercado, e não de um veterinário. Como consequência, um dos animais acabou por perder um quilo em menos de um mês. Verificámos depois que a queda de peso se deveu à troca de comida, mas de qualquer forma foi um susto enorme. Nunca mais me desleixarei com a compra de comida dos bichos. É cara, mas acho que ajuda, e muito, à longevidade dos animais.
Surgiu recentemente um estudo que afirma que a posse de animais domésticos pode ser mais importante para o desenvolvimento de uma criança do que a existência de irmãos. O meu filho tem dois animais domésticos, mais os animais que existem no colégio que ele frequenta. Quanto a mim, adulto, sei bem que os meus amigos de quatro patas me ajudam, e muito, a combater a solidão. São filhos ou companheiros substitutos. E, se os tratarmos bem, eles respondem com um amor incondicional.