A conclusão faz parte de um estudo da Deco, que mostra que as instituições que geram mais desconfiança entre os portugueses são o FMI, o Banco Mundial e até o Banco de Portugal.
De acordo com o documento da associação, “esta desconfiança é particularmente notória na forma como os portugueses olham para o Banco de Portugal e para o Banco Mundial. As duas entidades bancárias que estão nos últimos lugares do ranking da confiança causam descrença praticamente a todos os níveis: independência, competência para supervisionar o sistema ou capacidade de promover o crescimento económico”.
Já no sentido contrário, os inquiridos mostram ter muita confiança na polícia, nas câmaras municipais e até na igreja católica.
Além destas conclusões, o estudo da Deco mostra ainda que também existe quem não conheça bem as instituições e o seu propósito.
“Metade dos inquiridos não sabe se os bancos privados podem pedir dinheiro emprestado ao Banco Mundial e se uma das tarefas desta entidade é supervisionar as agências de rating. Perto de metade (47%) não sabe se a OMS é financiada pela indústria farmacêutica (não é) e 45% desconhecem se o FMI só inclui países do mundo ocidental (não, também inclui nações como a China e a Arábia Saudita)”, referem.