Michael O’Leary, presidente da Ryanair, falou sobre o aeroporto do Montijo e mostrou-se surpreendido com o tempo que está estimado para fazer estudo (quatro anos). Além disso, o presidente da companhia aérea low-cost disse que a ANA Aeroportos está “sempre a inventar problemas”. Mais: Acabou mesmo pior dar uma sugestão: “duas shotguns”.
“Duas shotguns e o problema dos pássaros resolve-se”, disse Michael O’Leary.
As declarações não demoraram a ter eco. Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero, foi dos primeiros a reagir, em entrevista ao Correio da Manhã. “Terá dito isso de forma humorística. Sabendo que a companhia aérea dele é uma das principais a querer ir para o Montijo, terá toda a preocupação em voar em segurança”, esclareceu.
Já sobre o problema das aves, Francisco Ferreira garante que é necessário “saber se é um risco para a aviação, se há colisão entre as rotas de aviação, na aterragem e descolagem, e as rotas das aves”.
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Questionado sobre o número de aves daquela zona, o presidente da Zero esclareceu que “o Tejo é uma das dez zonas húmidas mais importantes da Europa. Na zona do Montijo existem mais de 100 mil aves”.
Montijo mais perto
A verdade é que, apesar da polémica que se instalou, entre vantagens e desvantagens, elogios e críticas, foi assinado o memorando de entendimento, entre a ANA Aeroportos e o governo, para estudar “aprofundadamente” a solução do Montijo. Com este documento, a concessionária ANA passa a ter seis meses para apresentar “uma proposta para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa”.