Estamos muito bem na paragem de autocarro quando a pessoa que está sentada ao nosso lado boceja. Segundos depois, sem querer, estamos nós a bocejar. Será que há mesmo um ‘contágio’ do bocejo?
Uma investigação publicada no site Plos One revela que esta transmissão do bocejo só acontece nos seres humanos, chimpanzés, cães e lobos. Mas porquê?
De acordo com um texto publicado no El País, uma das teorias prende-se com o facto de o ‘contágio’ está relacionado com impulsos de comunicação e sincronização.
“Uma possibilidade é que nas espécies sociais que coordenam os seus níveis de atividade, copiar os bocejos pode ajudar a sincronizar o grupo", explica o professor de psicologia Matthew Campbell. “Assim, quando é hora de comer, toda a gente come (comer é contagioso), quando é hora de se mexer, toda a gente se mexe (as posturas corporais são contagiosas). Desta forma, a cópia do bocejo também coloca o grupo em sincronia", acrescenta.
Outra das teorias é que a ‘imitação’ do bocejo é apenas uma consequência da importância de copiar as ações acima referidas – Uma sequela inevitável dessas funções que todos realizamos por imitação.
Há também quem defenda o efeito contagioso é causada pela empatia entre seres humanos. Não se trata de uma imitação, mas sim uma forma de expressamos a nossa capacidade de interpretar quem se encontra junto de nós e a forma como se sente.
No entanto, o artigo do El País diz que nenhuma destas teorias foi cientificamente provada, não passando disso mesmo… teorias.