Com 53 golos, os Dragões têm o melhor ataque do campeonato, e o jogo desta noite só pode ser classificado como uma verdadeira matança. É preciso recuar à época de 2002/2003 para encontrar uma goleada assim. Da última vez foi frente ao Varzim, nos quartos-de-final da Taça de Portugal.
Ao receber o Nacional, o FC Porto vinha já numa avalanche conquistadora e alcançou a oitava vitória consecutiva, ascendendo à liderança, pelo menos, até se saber o resultado do jogo que opõe o Feirense ao Benfica.
Foram sete golos, uma goleada das antigas que começou a desenhar-se só aos 31 minutos. Coube a Óliver Torres abrir as hostilidades, dando o melhor curso a um cruzamento de Alex Telles. A segundo vez que a bola foi coçar-se às redes aconteceu em cima do intervalo, por intermédio de Brahimi. O jogo corria bem à equipa da casa, mas não se adivinhava o banho de sangue que estava para vir na segunda parte.
O FC Porto entrou com toda a determinação no segunto tempo, e André Silva começou a marcar um novo ritmo, assinando o terceiro ao minuto 52. Mais cinco minutos e Soares bisa na partida aos 71. É assim o quinto jogo consecutivo do brasileiro a marcar. Não podia estar mais em casa, e lembre-se que só se juntou aos azuis brancos nos saldos do mercado de inverno.
O sexto tento foi assinado por Layún na cobrança de um livre direto, e depois foi a vez de André Silva mandar meter na sua conta um segundo golo como Soares, marcando o último em cima do minuto 90.
O Nacional acabou o jogo reduzido a dez jogadores, depois da expulsão de Tobias Figueiredo por duplo amarelo. Na chegada à área de flash interviews o treinador da equipa não ficou pelas meias palravas. "A segunda parte foi desastrosa, estivemos muito mal da nossa parte", admitiu Predrag Jokanovic. O técnico não escondeu que a situação do clube é difícil, sublinhanhdo que todos os jogos são uma final para o Nacional: "O nosso campeonato começa para a semana com o Paços de Ferreira. A nossa próxima final."
Já o treinador do FC Porto, Nuno Espírito Santo, realçou que os milhares adeptos que estiveram no Dragão mereceram uma verdadeira noite de glória, e deixou a receita: "É fruto da concentração, de manter o rumo, do trabalho diário, de acreditar que os jogadores iam mostrar o seu talento e da sua dedicação."