Compra da Opel deverá ser oficializada esta segunda-feira

Carlos Tavares, líder do grupo PSA – fabricante da Peugeot –, está mais perto do que nunca de fazer história na indústria automóvel. A compra da Opel está iminente e fará do grupo francês o segundo maior da Europa.

Já na passada sexta-feira, era dado como certo que ambas as empresas estavam a planear continuar as negociações durante o fim de semana, com o intuito de fazer o anúncio já hoje. A verdade é que, no mês passado, os dois construtores tinham já confirmado a existência de negociações para a compra da Opel e da Vauxhall pela PSA.

Ao que tudo indica, o anúncio oficial da compra deverá ser feito hoje, dia em que estão marcadas conferências de imprensa com a PSA e com General Motors, assim como com os sindicatos ligados à Opel.

Na verdade, este negócio, que pode envolver 1,9 mil milhões de euros, vai fazer com que o grupo PSA (Peugeot, Citroën e DS) passe a ser o segundo maior fabricante europeu, com uma quota de mercado de 16,3%. Assim sendo, acabará mesmo por passar à frente da Renault.

Carlos Tavares, CEO do grupo, declarou recentemente que a aquisição da Opel seria “uma oportunidade para criar um campeão europeu na construção de automóveis” e conseguir facilmente ultrapassar a fasquia de cinco milhões de unidades vendidas. O mesmo responsável disse ver potencial exportador na Opel debaixo do domínio da PSA.

Recorde-se que Opel e PSA têm em curso uma parceria de cinco anos, cujos primeiros resultados serão conhecidos no Salão de Genebra, que abre portas ao público no próximo dia 9 de março.

Lucros da PSA aumentam A fabricante da Peugeot e Citroën viu os lucros aumentarem no ano passado, altura em que cresceram 18%, para 3,24 mil milhões de euros.

Quando os resultados foram anunciados, em fevereiro deste ano, a PSA fez desde logo saber que ia usar “este dinheiro para fazer investimentos rentáveis e investir no melhor interesse dos nossos acionistas.”

No entanto, os números apresentados pela PSA, que regressou aos lucros em 2014, são muito diferentes daqueles que foram apresentados pela General Motors. A verdade é que a divisão europeia registou mais de 20 mil milhões de dólares de défices desde 1999.