A febre amarela do golo à espera da águia…

Em Itália, a Juventus, adversária do FC Porto, empatou em Udine mas ganhou um ponto à Roma. Em Inglaterra, Tottenham e Manchester City reforçaram posições

A Juventus, adversária do FC Porto na Liga dos Campeões, empatou ontem no campo da Udinese (1-1) mas, mesmo assim, ganhou um ponto em relação ao segundo, a Roma, que se viu derrotada em casa pelo Nápoles (1-2).

Por seu lado, Dembelé (6 minutos), Aubameyang (26), Aubameyang (69), Pulisic (77), Schürrle (85 de penálti) e Raphael Guerreiro (90+2) marcaram os golos com que o Borussia de Dortmund despachou o Bayer Leverkusen: 6-2. Recebendo o Benfica esta quarta-feira para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, os alemães estão em alta. A sua esperança de dobrar o resultado negativo da primeira mão, 0-1 na Luz, cresce a olhos vistos. E até Aubameyang, o grande desperdiçador de Lisboa – falhou mesmo uma grande penalidade –, está de volta aos golos. Lidera a tabela dos marcadores da Bundesliga com 21 tentos.

Jogo interessante a merecer atenção redobrada por parte de Rui Vitória, que no sábado não teve mãos a medir, como sabemos, mas que ontem mesmo já se deve ter posto a fancos, como diz a malta do seu Ribatejo natal. O facto é indesmentível: o Dortmund está em claro crescendo de forma e aproveitou para se aproximar do segundo lugar e do RB Leipzig, que empatou no campo do Augsburg a dois golos. Neste momento, após a 23.a jornada, a distância ainda é muito razoável (seis pontos), mas não se pode dizer que inultrapassável.

Uma das notas de registo da exibição dos amarelos-e-pretos frente ao Leverkusen foi a de terem mantido um ritmo muito forte durante a totalidade dos 90 minutos, de tal forma que foi já dentro do último quarto de hora que aplicaram a goleada.

A única boa notícia para os encarnados – se é que a infelicidade dos outros pode ser encarada dessa forma – foi a lesão de Marco Reus à beira do intervalo. No final do encontro, o treinador alemão confirmou que a lesão do seu jogador seria impeditiva de o pôr em campo frente ao Benfica. “É uma grande perda!”, preocupou-se. Ainda assim, e perante a exibição de Pulisic, que entrou para o lugar de Reus (44 minutos), não parece que Rui Vitória possa ficar descansado. A equipa continuou a ter um desempenho coletivo notável e não perdeu nunca o sentido da baliza. Sabendo-se como será importante para os portugueses não sofrerem golos, ou adiarem-nos o mais tempo possível, a gorda vitória do Dortmund tem de fazer soar as campainhas da desconfiança na Luz. Ou pedir a Ederson outra noite iluminada como a da primeira mão.