Cristina Santos, uma professora de Chaves, com 54 anos, é doente oncológica e está em tratamento. Queixa-se que está a ser obrigada a regressar ao trabalho e diz que está à espera, há mais de um ano, de uma junta médica que é necessária para poder prolongar a sua baixa.
Depois de ter descoberto que estava doente, colocou três baixas consecutivas até dezembro do ano em questão, altura em que afirmou ter sido informada de que seria chamada a uma junta médica do sistema de saúde ADSE.
De acordo com Cristina, durante este tempo nunca foi chamada para obter essa junta médica, situação que diz ser “incompreensível e ridícula”.
A responsável pela organização dos documentos, garantiu que toda a sua documentação já foi enviada para a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, entre relatórios, atestados e baixa dada pela junta da Administração Regional de Saúde.
No entanto, já foram atingidos os 18 meses de período de baixa e, portanto, a docente foi contactada pela escola, em nome da DGESTE, que a informou que teria de voltar ao serviço, alegando que iria atingir o limite máximo de faltas por doença.
Cristina Santos apresentou-se na escola, mas avançou aos jornalistas que o “pesadelo burocrático mantém-se”, uma vez que o estabelecimento onde dá aulas a informou que tem agora três hipóteses, “ou me apresento ao serviço munida de um atestado médico que me diga que estou em condições, e os outros atestados médicos que eu tenho não dizem isso, ou eu vou para a aposentação antecipada e eu não reúno as condições mínimas ou vou com uma licença sem vencimento e assim não posso viver", disse.
De acordo com uma fonte do Ministério da Educação, contactada pela Agência Lusa, “o caso está a ser devidamente analisado pelos serviços da DGESTE de modo a encontrar-se a melhor solução”.