Durante a apresentação dos resultados da Sonae, Paulo Azevedo, questionado pelos jornalistas, revelou que “é com algum agrado que [se percebe agora que], de uma forma ou de outra, estavam todos feitos e que isso [lhes] fez a vida muito difícil e de uma forma muito injusta".
A OPA à então PT é das investigações da Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates, arguido no processo tal como o antigo "chairman" da PT, Henrique Granadeiro e o ex-CEO, Zeinal Bava. Há dez anos, estavam à frente da PT Bava e Granadeiro e o primeiro-ministro era José Sócrates.
Na sequência desse chumbo, a PT acabou fazer o spin off da PT Multimédia e avançou com a venda da posição que detinha na Vivo à Telefónica, utilizando parte do encaixe para remunerar os acionistas e investir na Oi.
O responsável afirmou que a Sonae passou "muitos anos a dizer que o jogo estava distorcido", ao mesmo tempo que "muita gente dizia que estava tudo muito bem feito e era concorrência limpa".
Na altura presidente da Soanecom, Azevedo afirmava que OPA tinha falhado devido ao papel do Governo. “Estamos desapontados com o papel que o Governo teve nisso", criticando o facto de a "política se envolver nos negócios".
No entanto, acrescentou, “também não somos de ficar parados e de lamentarmos. Fizemos o nosso caminho, estamos muito contentes com o nosso caminho", acrescentou Paulo Azevedo.