Maria Inês Amorim, uma mulher acusada de sete crimes de fotografias ilícitas, por divulgar no Facebook fotografias de uma criança de Penafiel, com quatro anos e meio, que sofria de leucemia – escrevendo que o menor era o seu filho e que tinha morrido – não vai ser julgada.
O juíz responsável pelo processo, deu ontem despacho de não pronúncia e avançou ainda com algumas criticas ao Ministério Público, que proferiu a acusação.
"A investigação dispensou os meios de obtenção de prova no quadro da chamada prova digital, optando pelo caminho simplista do ‘print screen’ e junção aos autos", pode ler-se no despacho. Refere ainda que a utilização das fotografias pela arguida no Facebook "não está minimamente comprovada" e indica ainda que o juiz "nem sequer assentou no resultado de uma simples busca à residência da arguida, com vista a realizar aí, para além do mais, uma pesquisa de dados informáticos".
No final da leitura da decisão, o advogado da defesa, Pedro Crespo, afirmou "fez-se justiça mas isto não apaga todo o mal que foi feito.