A paragem do campeonato para dar lugar a dois jogos da seleção – um de qualificação para o mundial de futebol na Rússia, em 2018, com a Hungria, e outro de preparação, frente à Suécia – foi, aparentemente a oportunidade agarrada por alguns clubes para “ajustarem” as respetivas equipas técnicas. Em 24 horas três clubes da primeira liga – Moreirense, Arouca e Nacional da Madeira despediram os treinadores.
O primeiro a abrir as hostilidades foi o Moreirense: Ontem, segunda-feira, primeiro dia da paragem de duas semanas, o clube recém vencedor da Taça da Liga decidiu despedir o técnico Augusto Inácio. O treinador ia no oitavo jogo consecutivo sem vencer (quatro derrotas e outros tantos empates).
Menos de um dia depois foi a vez do Arouca anunciar a saída de Manuel Machado (o primeiro técnico nesta época a ser despedido por dois clubes – já tinha sido afastado pelo Nacional da Madeira). Na base do saída estão, como é habitual os maus resultados. No Arouca Manuel Machado contou por derrotas todos os jogos disputados como técnico principal: cinco.
Por último, o técnico sérvio Predrag Jokanovic, que tinha substituído Manuel Machado e estava a orientar o Nacional, também foi incapaz de resistir aos resultados. Em 11 jogos pela equipa madeirense não ganhou um único. Empatou seis e perdeu cinco.
O Nacional é penúltimo com 17 pontos, o Moreirense antepenúltimo com 21 e o Arouca 13.º, com 21.
Com estes afastamentos, a primeira liga portuguesa já observou esta época 17 mudanças de técnicos em 26 jornadas, quando faltam oito para terminar a prova. Neste “carrossel” incluem-se duas alterações a pedido dos próprios técnicos: Lito Vidigal trocou o Arouca pelo Maccabi de Telavive, enquanto Jorge Simão viajou do Desportivo de Chaves para o Sporting de Braga.