São 14 as propostas a compor o cartaz do Jazz em Agosto com forte presença de contaminações sonoras. Sélébéyone, nova proposta do saxofonista Steve Lehman, onde o jazz abraça o rap e o hip hop com a participação de HPrizm (Antipop Consortium) foi a escolha para a abertura; a encerrar o festival estará o duo High Risk, do trompetista Dave Douglas (na foto) e do produtor eletrónico Shigeto.
Na programação destacam-se vários inovadores: David Torn dos Sun of Goldfinger,, o músico francês Julien Desprez, como membro da Coax Orchestra, ou a solo na performance Acapulco Redux, Steve Lehman e o contrabaixista Pascal Niggenkemper. O saxofonista Peter Brötzmann celebra a sua mais recente relação com Heather Leigh, especialista de pedal steel guitar.
O perfil transgressor de alguns dos intervenientes do Jazz em Agosto estende-se ao quinteto escandinavo Life and Other Transient Storms, à trompetista portuguesa Susana Santos Silva, que conta com a saxofonista Lotte Anker e o pianista Sten Sandell, e ao Sudo Quartet, uma formação com improvisadores europeus de renome, entre os quais o violinista Carlos Zíngaro, a contrabaixista Joëlle Léandre e o baterista Paul Lovens. A representação portuguesa no Jazz em Agosto 2017 completa-se no duo EITR com os músicos Pedro Sousa e Pedro Lopes.
Três grupos constituídos por personalidades que têm marcado o jazz contemporâneo através das suas inúmeras participações em projetos multidirecionais integram ainda a programação do festival: o quarteto Starlite Motel, o quinteto The Fictive Five do saxofonista Larry Ochs que se inspira em cineastas contemporâneos (Wim Wenders, Kelly Reichardt) com o trompetista Nate Wooley, o baterista Harris Eisenstadt e dois contrabaixistas, Pascal Niggenkemper e Ken Filliano, e por fim o quarteto colaborativo Human Feel com o baterista Jim Black, os saxofonistas Chris Speed, Andrew D’Angelo e o guitarrista Kurt Rosenwinkel.