O pedido dos socialistas para Dijsselbloem resignar foi feito assim que foram conhecidas as declarações do presidente do Eurogrupo (integra os países do euro) ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitunge, nas quais insinuou que os países do Sul durante a crise do euro gastaram a ajuda que receberam dos parceiros do Norte em bebidas e mulheres.
O ‘tweet’ de Pittela foi publicado depois de deputados do maior grupo do Parlamento Europeu – Partido Popular Europeu (PPE) – terem exigido hoje um pedido formal de desculpas e exigido a demissão de Dijsselbloem, também dirigente do Partido Trabalhista holandês e que integra o grupo S&D.
“O PPE acordou tarde. A nossa posição é clara”, reforçou Gianni Pittela.
A iniciativa de eurodeputados do PPE partiu do vice-presidente do grupo, o espanhol Esteban Gonzalez Pons, e foi subscrita por todos os deputados do grupo europeu do PSD e por um vasto grupo de parlamentares de várias delegações.
A assinatura da carta foi mesmo assinalada com uma cerimónia realizada hoje de manhã no Parlamento Europeu em Bruxelas, liderada pelo presidente do Grupo Parlamentar, o alemão da CSU, Manfred Weber.
Na declaração ao Frankfurter Allgemeine Zeitunge, Jeroen Dijsselboem afirmou: “Na crise do euro os países do Norte mostraram solidariedade para com os países do Sul. Como social-democrata, a solidariedade é para mim extremamente importante. Mas quem a pede, tem também deveres. Não posso gastar o meu dinheiro todo em bebidas e mulheres e depois disso ir pedir a vossa ajuda. Este princípio vale para o nível pessoal, local, nacional e também europeu”.