É certo e sabido que o futebol, desporto-rei, desperta grandes paixões. A Islândia, como se viu no verão passado, não é exceção.
Assim como Portugal, que venceu o troféu, sendo campeão europeu de futebol em 2016, a Islândia foi uma das equipas-sensação do torneio realizado em 2016.
As vitórias improváveis, o apoio vigoroso dos seus adeptos, a celebração característica no fim de cada partida – tudo isso elevou o futebol islandês a um patamar antes não sonhado.
Nove meses depois de vencerem surpreendentemente a seleção inglesa por 2-1, parece que a euforia foi para lá do desporto – pelo menos, o de relvado. É que, de acordo com um jornal local islandês, os serviços de maternidade do hospital universitário Landspitali, na capital, Reiquiavique, estão a bater recordes precisamente nove meses após a noite do histórico triunfo desportivo.
Parece que os islandeses celebraram da melhor maneira: em família.
“Nunca fizemos tantas epidurais”, revelou o dr. Thorvaldsson ao mencionado periódico, descrevendo a situação como “sem precedentes”.
Com uma população de apenas 300 mil habitantes, conta ainda a Euronews, a ajudinha na natalidade será, com certeza, bem-vinda. Quiçá, quando a final do Europeu celebrar nove meses, a crise demográfica portuguesa veja um horizonte mais feliz.
Contratem enfermeiras, chicos! Entre grandes vitórias e grandes felicidades, nove meses parece ser um período de tempo predileto dos futebolistas.
Gerard Piqué, o conhecido defesa central da seleção espanhola e do FC Barcelona – também dado à fama devido a matrimónio contraído com a cantora colombiana Shakira –, apontou a coincidente calendarização ainda no início deste mês.
Após uma das reviravoltas mais espetaculares da história da Liga dos Campeões europeus – o Barça havia perdido por quatro golos contra o PSG, em Paris, triunfando na segunda mão por 6-1 em Camp Nou –, Piqué afirmou:
“Que contratem enfermeiras nos hospitais daqui a nove meses porque hoje vai fazer-se muito amor!”, reagiu, entusiasmado, ao feito blaugrana. “Será uma noite dura para quem queria que perdêssemos, mas amanhã o sol lá brilhará outra vez… Uma coisa é marcar um golo aos 95 minutos [feito que não é estranho ao clube de Barcelona], outra é marcar três golos em sete minutos”, assegurou o experiente defesa, que já passou pelo Manchester United.
A conclusão, todavia, foi mais discreta. “Celebraremos com moderação, pois a única coisa que conseguimos foi continuarmos vivos.” E, cumprindo o prometido, trazer mais vida ao mundo.