Marco Gonçalves, o jogador que agrediu o árbitro José Rodrigues no encontro deste domingo entre o Canelas 2010 e o Rio Tinto, das divisões distritais do Porto, foi constituído arguido pelo Ministério Público (MP) com termo de identidade e residência, depois de ser ouvido durante a manhã desta segunda-feira no Tribunal de Gondomar.
O avançado de 34 anos, que entretanto já foi expulso do clube, vai aguardar em liberdade pelo desenvolvimento do processo-crime. O árbitro agredido também deverá ser ouvido, neste caso quando se encontrar em boas condições físicas.
Entretanto, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou o policiamento obrigatório em jogos de clubes com historial de violência. "É absolutamente intolerável e inqualificável aquilo a que ontem assistimos. Pedimos à AF Porto que nos dê todas as informações relativamente a todas as incidências do jogo. O Presidente do Conselho de Arbitragem da FPF tem acompanhado de perto tudo o que se passou e disponibilizou de imediato todo o apoio ao árbitro. O que nós desejamos é que atos como estes sejam completamente erradicados", afirmou Hermínio Loureiro, depois de uma reunião com a Associação de Árbitros Profissionais de Futebol (APAF).
Ainda assim, o dirigente lembrou que o problema da violência não se cinge às questões do policiamento. "Infelizmente, o ato inqualificável do passado domingo veio comprovar que o problema da violência não está diretamente relacionado com o policiamento e que é absolutamente redutor vê-lo apenas assim. Isto é uma questão de cidadania, de educação e de respeito. E estamos todos convocados para essa discussão", realçou.