Sampetesburgo. Polícia encontra novo explosivo

Onze pessoas foram detidas desde o ataque bombista no metro de Sampetesburgo. Ainda não há reivindicação.

As autoridades russas capturaram esta quinta-feira mais três pessoas aparentemente ligadas ao bombista que esta semana se fez explodir numa carruagem de metro de Sampetesburgo.

A operação ocorreu num apartamento situado no leste da cidade, onde foi encontrado também um egenho explosivo ainda por detonar. Segundo a polícia, os três homens não ofereceram resistência e são de origem centro-asiática, à semelhança de Akbarzhon Jalilov, o bombista de segunda-feira, nascido no Quirguistão.

As capturas desta quinta somam-se às oito pessoas detidas na quarta-feira, que, segundo as autoridades russas, fazem parte de redes de recrutamento para grupos radicais na Síria. Ainda é incerta a ligação que estes detidos têm com Jalilov, cujo corpo foi entretanto identificado pelos pais. Nenhum grupo terrorista reivindicou o atentado desta semana, o que parece indicar que o jovem de 22 anos agia sem o conhecimento de organizações estrangeiras. 

Em todo o caso, a ligação jihadista está no centro das investigações, dado o considerável fluxo de combatentes das antigas repúblicas soviéticas na Ásia Central e territórios russos no Cáucaso para as fileiras de grupos como o Estado Islâmico e Fatah al-Sham, satélite sírio da Al-Qaeda na Síria. De ambas as regiões podem já ter saído cerca de dez mil combatentes para o Médio Oriente.