Estocolmo. Jornal indica que condutor foi capturado e já confessou

Homem terá sido detido no norte da cidade. Quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas.

O diário sueco "Aftonbladet" avançava ao fim da tarde desta sexta-feira que as autoridades capturaram um homem no norte de Estocolmo que confessou ser o condutor que, ao início da tarde, lançou um camião contra uma rua pedonal, matou pelo menos quatro pessoas e, no mínimo, feriu outras 15. Esta informação, no entanto, não é oficial nem foi ainda confirmada pela polícia sueca. 

O primeiro-ministro sueco declarou minutos depois do aparente atentado que todos os indícios recolhidos "indicam que se trata de um ato de terrorismo", semelhante ao conduzido há apenas duas semanas em Westminster por um homem que matou cinco pessoas e feriu mais de uma centena sobretudo ao conduzir o carro contra pedestres na ponte que atravessa o Tamisa. 

O ataque faz recordar também os atropelamentos de natal em Berlim e o violento atentado de Nice, em julho do último ano, onde um terrorista atropelou e matou 86 pessoas com um camião em nome do grupo Estado Islâmico, que pede aos seus seguidores que usem todos os meios à disposição para realizarem ataques em países ocidentais, principalmente agora que a organização está sem recursos. 

As autoridades suecas detiveram duas pessoas imediatamente depois do ataque, não dizendo se são ou não suspeitas de conduzirem o camião e anunciando que procuram um homem que pode também ser o responsável pelo atentado e o homem capturado mais tarde, divulgando uma imagem sua capturada pelas câmaras de videovigilância em Drottningatan, a rua atingida, momentos antes do atentado. 

Testemunhas contavam esta sexta que ouviram uma explosão antes de avistarem o camião entrar pela Drottningatan. "Olhei para trás e vi um grande camião a dirigir-se a mim", contou Glen Fora à Reuters. "Andava às guinadas de um lado para o outro. Não parecia estar fora de controlo. Queria atingir as pessoas", prosseguiu, dizendo que o veículo atingiu um carrinho de bebé com uma criança no seu interior.

O atentado desta sexta-feira já foi condenado por líderes europeus, incluindo o primeiro-ministro português, António Costa, o líder francês e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que denuncia um ataque "contra uma das mais vibrantes e coloridas cidades da Europa".

"Um ataque contra um dos nossos membros é um ataque contra todos nós", diz o presidente da Comissão em comunicado, assegurando que a UE "está lado a lado e em solidariedade com o povo sueco" e que as autoridades podem "contar com a Comissão Europeia para as apoiar em tudo".