1.O Presidente Donald Trump cada vez mais se assume como o Presidente de todos os americanos, contribuindo intensivamente para a renovação do sistema político norte-americano. É que as mudanças de um sistema político em sentido amplo (ou seja, das formas de interacção entre os órgãos de Governo, meios de decisão e discurso) abrangem, igualmente, a alteração qualitativa de equilíbrios internos do poder político (ou intra-sistémicos), bem como a abordagem aos problemas que merecem uma resposta política.
Donald Trump é um “outsider”, pelo que não tem um passado político que o persiga, nem deve reverência a lealdades políticas de outrora.
2.Tão pouco Donald Trump conhece os meandros das negociações no “lobby” do Congresso – o que lhe confere maior autonomia decisória e uma ponderação mais isolada das causas do problema e das potenciais soluções a adoptar para o resolver. Outros dirão que esta falta de experiência do actual Presidente dos Estados Unidos é uma dificuldade acrescida pois acarreta uma falta de domínio dos detalhes (e Deus revela-se sempre nos detalhes!) de funcionamento da máquina administrativa e militar norte-americana.
É verdade; no entanto, o que poderá parecer uma falha estrutural nos tempos iniciais, poderá – com elevada probabilidade – vir a revelar-se como um crucial mecanismo de agilidade e flexibilização da política americana. O que é hoje uma deficiência (ainda que aparente) – será eficiência amanhã.
Eficiência de acção. Eficiência na obtenção de resultados que consubstanciem o cumprimento de promessas essenciais do “The Donald”.
3.Estas considerações vêm a propósito da decisão do Presidente Donald Trump de atacar uma base militar na Síria controlada por Bashar Al- Assad: tratou-se de uma resposta militar, adequada e proporcional, à utilização de armas químicas pelo regime sírio, o qual vitimou (sem dó, nem piedade – muito menos humanidade) crianças e mulheres.
Bashar Al-Assad ultrapassou, efectivamente, todas as linhas – seja qual for a sua cor. Ao invés do Presidente Barack Obama, o Presidente Donald Trump não contemporizou na resposta – Bashar Al-Assad ficou a saber que, com o novo Presidente, a brincadeira acabou.
Quando Trump fixa uma linha, a sua ultrapassagem por um ditador sanguinário – como é Al-Assad – tem consequências.
4.Entendamo-nos: Bashar-Al Assad quis testar o novo Presidente dos Estados Unidos para aferir se Trump seria como Barack Obama.
Se Trump, tal como Obama fizera, iria tolerar, sem resposta efectiva, as inúmeras provocações e sarilhos que Assad tem causado aos EUA e à Europa. Enganou-se: o Presidente Trump, felizmente, já revelou mais capacidade e inteligência analítica em termos de política externa do que Obama.
Com Trump, acabou-se a hora da brincadeira para Assad. O novo Presidente não hesitará em adoptar todas as medidas necessárias para defender os direitos humanos, a liberdade e o restabelecimento da ordem na Síria.
5.E não é que a imprensa do politicamente correcto, desta feita, criticou Donald Trump por…retaliar contra o uso de armas químicas por Assad? Só para criticar Trump, a imprensa do politicamente correcto quase que elogiou Assad – o homem que matou centenas de seres humanas com armas químicas! Haverá maior desonestidade intelectual e moral que esta?
Criticar Donald Trump por defender os direitos humanos dos sírios, que é dizer, por defender a humanidade, dando um sinal claro de que não irá tolerar o recurso a armas químicas? Apostamos que, caso Donald Trump lograsse acabar com a pobreza no mundo, esta imprensa do politicamente correcto iria começar a elogiar os efeitos positivos da pobreza para a sociedade…Inacreditável!
6.Mais uma vez, aqueles que prognosticaram uma queda rápida e estrondosa do Presidente Trump enganaram-se redondamente.
Já não há dúvidas: o Donald assumiu-se definitivamente como o “Commander in-chief” dos EUA –e o líder (real) do mundo livre. Como diria o Prémio Nobel da Paz, Barack Obama, muitas vezes para alcançarmos a paz, a realização de actos de guerra torna-se inevitável.
Espera-se que acabe, de uma vez por todas, a ficção do conluio entre Trump e a Rússia – a maior efabulação da história política norte-americana que os democratas ainda não perceberam que é contraproducente para as suas ambições político-eleitorais. Ah, e já agora: por favor, não repitam a piada de que Angela Merkel é a líder do mundo livre….Sabemos que é hilariante: nós, porém, preferimos o rigor na análise das relações internacionais.
7.Fica, no entanto, a promessa: se enveredarmos pela comédia, a nossa primeira gag será dedicada à liderança (ahahah, como pode ver leitor, é riso certo!) do mundo por Angela Merkel!