No final do mês passado o grupo PSA realizou testes às viaturas autónomas com condutores «não especialistas» em França.
Os ensaios com os automóveis da Peugeot e da Citröen decorreram em estradas na região de Paris, naquele que foi o primeiro teste do «grupo em estrada aberta em França», tornando também a PSA pioneira em terras gaulesas.
Até ao final de março já tinham sido percorridos mais de 120.000 km em modo autónomo (níveis 2, 3 e 4) em vias rápidas europeias. No total, são 15 os protótipos explorados pelo Grupo e pelos seus parceiros.
O grupo detentor das marcas Peugeot, Citroën e DS está a levar a cabo estes testes no âmbito do programa AVA (Autonomous Vehicle for All – Veículos Autónomos para Todos), sendo que os veículos em teste são de nível 3 e 4. Estes dois níveis antecipam o veículo totalmente autónomo.
Níveis de autonomia
A condução autónoma está divida em cinco níveis. No primeiro o condutor tem de estar preparado para assumir o controlo a qualquer momento e no segundo o condutor é obrigado a detetar objetos ou ocorrências e reagir se o sistema automatizado falhar.
No nível 3 o condutor pode desviar a atenção da condução num local pré-estabelecido (por exemplo numa autoestrada), mas tem de estar preparado para assumir o controlo se necessário.
Já no nível 4 a condução autónoma controla o veículo, exceto em determinadas situações, como condições atmosféricas adversas. No último nível, o 5, para além de definir o destino e ligar o sistema, não é necessária a intervenção humana na condução.
Nos arredores de Gotemburgo, na Suécia, é a Volvo que tem ensaiado os protótipos de condução autonóma em condições reais, tal como a Audi o tem feito em Wolfsburgo, na Alemanha.
Mesmo com os milhões de milhares de quilómetros que os construtores europeus, e também de outras geografias, têm realizado em testes de condução autónoma, ainda há muito a fazer antes da decisão de colocar este tipo de veículos no mercado.
Ainda assim, tal como Daimler, fabricante da Mercedes, o grupo PSA pretende ter disponível no mercado os carros autónomos em 2020. O início da próxima década nas estradas do velho continente promete ser diferente.