Charlie Gard tem oito meses e há seis que vive no hospital. O bebé nasceu, no Reino Unido, aparentemente saudável, mas aos dois meses teve uma pneumonia que levou ao hospital, onde o diagnosticaram com Síndrome de Depleção Mitocondrial, uma doença rara que lhe provocou danos cerebrais irreversíveis.
O menino está ligado às máquinas desde então, mas os pais nunca quiseram desistir dele e querem levá-los para os EUA, onde poderá ser submetido a um tratamento experimental.
O hospital inglês defende que as máquinas do bebé, que precisa de ajuda para respirar e para comer e que não se consegue mexer, deveriam ser desligadas, pois pode estar a sofrer em silêncio. Mas os pais recusam a hipótese e o caso foi levado a tribunal.
Esta terça-feira, o juiz pronunciou-se e pôs-se do lado dos médicos, autorizando o hospital a desligar as máquinas e a transferir o bebé para a unidade de cuidados paliativos.
Os pais têm agora, de acordo com o Guardian, três semanas para recorrer do veredicto do juiz. A advogada adiantou que os pais ainda não decidiram se vão fazê-lo ou não.
Esta não é a primeira vez que um tribunal britânico decide desligar as máquinas a um bebé contra a vontade dos pais. Em 2015, um caso semelhante foi levado a tribunal e o juiz decidiu por um veredicto igual.