Pois é verdade. Hoje o exército norte-americano utilizou pela primeira vez em cenário de conflito militar – no Afeganistão – a bomba GBU-43 (Massive Ordnance Air Blast – MOAB). Pesa 9,5 toneladas, das quais 8,4 são explosivos, e consegue uma explosão com um diâmetro de 1,4 quilómetros. É o engenho não nuclear mais potente do arsenal militar norte-americano.
Todavia, na escalada armamentista, a Rússia ‘respondeu’ à arma norte-americana com a Aviation Thermobaric Bomb (ATBIP) ou Bomba Termobárica para ser lançada a partir de bombardeiros, engenho que recebeu na linguagem militar o acrónimo FOAB – “father of all bombs” (pai de todas as bombas).
De acordo com os especialistas militares, esta arma russa é quatro vezes mais potente do que a utilizada hoje pelos norte-americanos no Afeganistão. Será, presume-se (uma vez que nunca foi utilizada em cenário de guerra), a mais poderosa arma convencional não nuclear do mundo e foi testada a primeira vez em 2007. Atribuiu-se à ATBIP um poder equivalente a 44 toneladas de TNT, enquanto a MOAB ronda as 11 toneladas de TNT.
A Força Aérea dos Estados Unidos lançou hoje o gigantesco projétil para destruir um complexo de grutas e subterrâneos utilizado pelos combatentes do Estado Islâmico no distrito de Achin, na província de Nangarhar, junto à fronteira com o Paquistão. Os especialistas militares têm avançado que “a mãe de todas as bombas” foi desenvolvida precisamente para entrar em acção neste tipo de cenários.