Susana Ribeiro tornou-se hoje (sexta-feira) na primeira portuguesa a liderar durante algum tempo um torneio a contar para o ranking mundial feminino de profissionais e também para o ranking olímpico, quando andou quase uma hora e meia no topo da classificação do 7º Açores Ladies Open com 2 pancadas abaixo do Par do campo do Clube de Golfe da Ilha Terceira (CGIT).
A bicampeã nacional de profissionais acabou a primeira volta com 1 pancada abaixo do Par (71), o seu melhor início de sempre neste torneio de 35 mil euros em prémios monetários, organizado pela Stream Plan, e colocou-se na luta pelo título, pois está empatada no 7º lugar, a apenas 1 pancada de um extenso grupo de seis líderes com 70 pancadas, 2 abaixo do Par, composto pelas francesas Émilie Alonso e Eva Gilly, a belga Manon de Roey, a italiana Lucrezia Rosso, a inglesa Meghan MacLaren e a checa Lucie Hinnerova.
Quanto a Joana de Sá Pereira, fez a sua melhor volta de sempre no Açores Ladies Open, de 75 pancadas, 3 acima do Par, integra o grupo das 33ª classificadas e está, por isso, em boa posição de amanhã passar pela primeira vez o cut no único torneio do Ladies European Tour Access Series (a segunda divisão europeia) em que joga em casa.
«Entrei bem, comecei logo com 1 birdie, comecei bem, dei bons shots, no início tive muitas oportunidades para birdie, falhei algumas, mas de uma forma geral estou muito contente com a minha prestação. É a minha melhor volta neste campo mas poderia ter sido ainda melhor, se tivesse conseguido converter alguns dos muitos putts para birdie que tive, e alguns muito perto; tive também 1 putt para eagle de 3 metros», disse Susana Ribeiro, de 26 anos, que hoje fez 3 birdies e 2 bogeys.
«Torneio-me profissional há quase dois anos, é apenas a segunda vez que estou a jogar em Portugal e é um enorme prazer, é mesmo jogar em casa», disse Joana de Sá Pereira, que reside em França e que viveu um início de volta atribulado, mas com os últimos nove buracos jogados a Par: «O final de volta foi muito bom e com tudo aquilo que me aconteceu no campo +3 não foi mau. Desde uma bola fora do campo, a outra num bunker de onde era impossível sair, uma bola que ficou na copa de uma árvore…».
Os greens de leitura difícil do CGIT têm sido a maior dificuldades das jogadoras e só nove das 66 participantes conseguiram bater o Par-72 do belo campo terceirense, num dia em que quase não choveu e esteve muito pouco vento.
Entre as seis líderes, destaca-se a inglesa Meghan MacLaren, que ainda na semana passada esteve a jogar um torneio da primeira divisão europeia (LET) em Marrocos, depois de ter passado a Escola de Qualificação no final da época transata, mas como não tem acesso a todos os torneios optou e bem por continuar a competir na segunda divisão, vindo pela primeira vez jogar a Portugal. E que estreia, com 6 birdies na primeira volta.
«Joguei bem, só cometi um erro no buraco 15 (1 duplo-bogey), porque o meu drive foi para fora de limites, mas recuperei bem com 2 bons birdies depois disso, o que retirou-me o sabor amargo da boca. É agradável estar nesta posição, é desafiador mas há ainda muito caminho pela frente», disse a filha do responsável máximo do European Senior Tour, cuja Escola de Qualificação decorre todos os anos no Algarve.
A 7ª edição do Açores Ladies Open registou um recorde de 66 participantes de 22 países, num ano em que já tinha outro recorde, o da elevação dos prémios monetários para 35 mil euros. O segundo torneio do Ladies European Tour Access Series (LETAS) de 2017 prossegue amanhã (Sábado), com a segunda volta a começar às 8h30. Susana Ribeiro sai às 8h41 do buraco 10, enquanto Joana de Sá Pereira começa às 9h03, também do 10.