Rating reflete “legado da crise”

O ministério das Finanças considera que a decisão da DBRS de manter o rating e a prespetiva da dívida pública “reconhece o progresso que se tem verificado nos principais desafios que ainda se colocam ao país” e que “reflete os legados da crise, em particular no endividamento e nos créditos em risco”.

A DBRS mantém a notação financeira de Portugal inalterado e o outlook continua estável. A agência de rating canadiana deixa inalterada a classificação da dívida soberana de longo prazo de Portugal em "BBB" (baixo), sendo que a perspectiva continua "estável".

O ministério de Mário Centeno refere ainda que há um “reconhecimento dos bons resultados económicos e financeiros” e que este “serve de âncora à classificação de Portugal com o grau de investimento ".

A Dominion Bond Rating Service (DBRS) é a única agência de notação financeira que coloca Portugal no nível de investimento. Com isso, permite que o país se qualifique para o programa de compra de títulos de dívida do Banco Central Europeu.

Já a Moody’s, a Standard&Poor’s e a Fitch mantêm Portugal a um nível de sair de ‘lixo’. Ainda assim, esta sexta-feira a S&P defendeu que Portugal está no caminho certo para uma recuperação moderada.

No relatório divulgado hoje, a DBRS justifica a manutenção do rating  com o facto de Portugal ser da Zona Euro e aderir à estrutura de governança económica da União Europeia, ter uma estrutura favorável da maturidade da dívida pública e um pequeno excedente das contas correntes.

No entanto, alerta, "Portugal também se depara com desafios substanciais, incluindo os elevados níveis de endividamento no sector público e privado, o baixo potencial de