Em França já se vota desde as 8h da manhã (7h em Portugal continental) deste domingo, na primeira volta de uma das eleições mais imprevisíveis e importantes do calendário eleitoral europeu.
Em estado de emergência desde o final de 2015 e em alerta máximo desde quinta-feira à noite, após o assassinato de um polícia nos Campos Elísios – que fixou em 230 o número de vítimas mortais resultantes de atentados terroristas no país, desde novembro de 2015 –, a França desloca-se à urnas envolvida num clima de enorme tensão.
Cerca de 50 mil polícias e 7 mil soldados foram destacados para patrulhar as ruas francesas e as 66,546 mesas de voto, por onde podem passar mais de 45 milhões de eleitores.
De acordo com os dados revelados pelo ministério do Interior francês, a participação dos franceses no ato eleitoral fixava-se nos 28,54% ao meio-dia, um número ligeiramente superior ao verificado na eleição presidencial de 2012 – com 28,29% de participação.
#ElectionPrésidentielle2017 28,54 % : taux de participation à 12h pour le 1er tour en métropolitaine (28,29 % en 2012 et 31,21 % en 2007) pic.twitter.com/vm5npBWn3V
— Ministère Intérieur (@Place_Beauvau) April 23, 2017
Em causa está a escolha dos dois candidatos que irão disputar a segunda ronda das presidenciais, marcada para o dia 7 de maio. Isto porque, de acordo com as sondagens, nenhum dos 11 candidatos deverá lograr os 50% de votos, necessário para decidir a escolha do próximo presidente de França já este domingo.
Segundo o inquérito Fiducial/Ifop, o independente Emmanuel Macron conta com 24,5% das intenções, seguido pela candidata da extrema-direita, Marine Le Pen (22,5%), pelo conservador François Fillon (19,5%), pelo concorrente da “França Insubmissa”, Jean-Luc Mélenchon (18,5%), e pelo candidato do partido do atual governo, o socialista Benoît Hamon (7%).
Nicolas Dupon-Aignan (4%), Philippe Poutou (1,5%), Jean Lassale (1%), François Asselineau (1%), Nathalie Arthaud (0,5%) e Jacques Cheminade (0%) são os restantes candidatos ao Palácio do Eliseu.
As urnas fecham às 19h locais em grande parte do país, sendo que esse horário pode ser estendido até às 20h nas maiores cidades de França. Segundo a comissão eleitoral, não haverá sondagens à boca das urnas.
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