De acordo com os dados do Eurostat revelados ontem, nos 19 países que partilham a moeda única, o défice baixou de 2,1% para 1,5% e a dívida de 90,3% para 89,2%. No conjunto dos 28 países da União Europeia o défice baixou de 2,4% para 1,7% e a dívida pública de 84,9% para 83,5%.
O relatório do gabinete oficial de estatística da UE tem como base os dados apresentados pelos estados-membros na primeira notificação sobre o Procedimento por Défices Excessivos (PDE). Com a confirmação do Eurostat do défice em 2% do PIB, o organismo de Bruxelas coloca assim Portugal mais perto da saída do PDE.
Ainda assim o défice é o quinto mais alto da zona euro, e o oitavo do conjunto dos 28 países que ainda fazem parte da União Europeia. Também A dívida pública, que equivale a 241,1 mil milhões de euros, é a terceira mais elevada: a Grécia lidera o ranking com uma dívida pública de 179%, seguida pela Itália com 132,6%.
Só Espanha (4,5%), França (3,4%), Bélgica (2,6%), e Itália (2,4%) registaram desequilíbrios maiores que Portugal e os défices mais baixos são os da Irlanda (0.6%), Croácia (0.8%) e Dinamarca (0.9%).
O Eurostat destaca que há oito países europeus com excedentes orçamentais – Luxemburgo (+1.6%), Malta (+1.0%), Suécia (+0.9%), Alemanha (+0.8%), Grécia (+0.7%), República Checa (+0.6%), Chipre e Holanda (+0.4%), Estónia e Lituânia (+0.3%) – enquanto a Bulgária e a Letónia estão em equilíbrio orçamental.
Os dados mostram ainda que no final de 2016 a Estónia (9.5%), o Luxemburgo (20%), a Bulgária (29.5%), a República Checa (37.2%), a Roménia (37.6%) e a Dinamarca (37.8%) tinham as dívidas mais públicas mas baixas e que em 16 dos 28 países europeus a dívida ultrapassava os 60% do PIB.
Em 2016 a despesa pública na zona euro reapresentava 47,7% do PIB e a receita 46,2%. O Eurostat revela que na UE os valores são de 46,6% e 44,9% respectivamente.