Radamel Falcao, que esta época voltou a brilhar no super-Mónaco de Leonardo Jardim, concedeu uma entrevista muito elucidativa à revista peruana "Líbero". Uma das ideias-chave da peça prende-se com as decisões de carreira dos jogadores, particularmente a sua, quando trocou o Atlético de Madrid pelo Mónaco em 2013/14. Neste caso, não terá sido de El Tigre a decisão final.
"Na maior parte das vezes, o jogador não é dono do seu destino. Quando me perguntam por que não vim para aqui ou fiquei ali, rio-me. Até parece que o futebolista pode decidir onde jogar. Da mesma maneira perguntaria a alguns jornalistas: por que não trabalhas na CNN ou na ESPN? O mesmo se passa no futebol. Nem sempre se pode ir para aqui ou para ali. Muitas vezes não vivi aquilo que queria. Querer ir para um sítio e depois ter de ir para outro", assumiu o antigo jogador do FC Porto, quando questionado sobre o porquê de ter assinado com o Mónaco quando se falava até do interesse do Real Madrid, entre outros clubes de mais nomeada.
Falcao, recorde-se, mudou-se do FC Porto para o Atlético de Madrid em 2011/12. Fez duas épocas nos colchoneros, recheadas de sucessos e de golos: 70 em 91 jogos. Agora, revelou ter a noção de que seria impossível ficar mais tempo no Atlético. "Sabia que era muito difícil ficar tanto pelo projeto desportivo em si como pelo momento financeiro que atravessavam. Estava sempre a dizer-se que me tinham de vender no final da época e comecei a dar-me conta disso. Ao fim de quatro meses já sabia que não ia ficar lá por muito tempo", sentenciou.