A proposta, promovida como a mais ambiciosa desde 1986 e “uma das mais importantes" na história dos EUA, prevê também a redução dos escalões de imposto sobre as famílias, de sete para três – 10%, 25% e 35%.
Esta proposta tem ainda de ser submetida ao Congresso para aprovação e arrisca-se a sofrer alterações devido às consequências potenciais sobre o défice orçamental.
O secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, e o conselheiro económico da presidência, Gary Cohn, que apresentaram o documento em conferência de imprensa na Casa Branca, garantiram que esta reforma "financiar-se-á a ela própria".
Os responsáveis argumentaram que os seus efeitos serão "benéficos" para o crescimento económico uma vez que aumentarão as receitas fiscais. O imposto a aplicar às empresas que repatriem os milhares de milhões de dólares que detêm no estrangeiro ainda não foi determinada.
Ao passar de 35% para 15%, o imposto sobre as empresas passa de um dos valores mais elevados para um dos mais baixos dos membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). Para além disso a taxa, nominal, é ainda reduzida pelas numerosas isenções e deduções contempladas no código fiscal dos EUA.
Na conferência de imprensa Steve Mnuchin, disse ainda que presidente dos EUA "não tem intenção" de revelar as suas declarações de impostos. Donald Trump tem recusado repetidamente tornar públicas as suas declarações fiscais, quebrando décadas de tradição, argumentando que estão a ser auditadas pelos serviços do fisco.
A reforma fiscal apresentada pode permitir a Trump e à sua família ganhos significativos, mas tal confirmação está dependente da divulgação das declarações de rendimentos do presidente. O secretário do Tesouro recusou comentar este potencial conflito de interesses.