A primeira greve geral em mais de vinte anos no Brasil pode também ser a maior da sua história, segundo as estimativas de alguns sindicatos, que esta sexta-feira mobilizaram milhares de pessoas em dezenas de cidades. No Rio de Janeiro e em São Paulo ergueram-se barricadas em chamas.
Os sindicatos pedem greve a milhões de trabalhadores em todo o país contra o mais recente pacote de reformas laborais, autoria do governo do presidente Michel Temer e destinado,entre outras coisas, a cortar subsídios e aumentar a idade de reforma para os 65 e 62 anos, para homens e mulheres, respetivamente.
Temer argumenta que o atual estado da Segurança Social no Brasil é insustentável e que as novas medidas de austeridade são necessárias para fazer frente à recessão e inflação. Michel Temer tem controlo sobre o Congresso, que esta semana aprovou um outro pacote de liberalização das leis do trabalho. As ruas, porém, são sobretudo adversárias.
“Vai ser a maior greve na história do Brasil”, lançou o presidente o sindicato Força Sindical, Paulo Pereira, em declarações, esta sexta-feira, à BBC Brasil. Os manifestantes admitem que o seu principal objetivo é causar impacto nas maiores cidades e estar menos concentrados em pequenas vilas e localidades.