“Os cinco meses de execução do contrato verificaram-se inúmeras anomalias por parte do cocontratante, nomeadamente, duplicação de faturas com períodos de faturação iguais para o mesmo local de consumo, faturação de kwh com contagem a zero, moradas das faturas enviadas para Braga e diretamente para as escolas e a inscrição da Câmara Municipal de Cascais na base de dados da empresa como cliente particular e não como cliente público”, lê-se no documento de resolução de contrato proposto para aprovação da Câmara.
Em causa, como o i tinha noticiado, está o facto de a Iberdrola ter cortado a luz numa escola do concelho de Cascais, por falta de pagamento, sendo que terá sido a própria empresa a enviar as faturas por engano para Barcelos.
“Em 12 de abril de 2017 houve um alerta da escola Conde Ferreira, sita em Cascais, para a situação de corte de energia; nesse mesmo dia foi enviado um e-mail à empresa a exigir a reposição da situação, uma vez que as faturas não haviam sido enviadas, ao qual a empresa respondeu que iria repor a situação, assim como corrigir a morada da faturação”, refere o documento a que o SOL teve acesso.
A câmara queixa-se de falta de resposta da gigante espanhola, não havendo “um interlocutor direto inúmeras vezes, havendo lugar apenas ao contacto direto via call center, sem capacidade de resposta aos inúmeros problemas surgidos”.
Para a autarquia há assim uma “clara violação das regras previstas no caderno de encargos”, pelo que pretende resolver o contrato entre as duas entidades.