O SOL foi perguntar ao partido português conhecido como centrista o que acha do presidente francês que também se diz centrista.
A resposta foi pronta. "São centrismos que não têm nada a ver", afirmou Telmo Correia, deputado veterano do CDS-PP.
"Emmanuel Macron não é um candidato nem da origem nem do espaço tradicional do CDS, que está mais próximo da direita tradicional francesa [a gaulista, dos Republicanos]".
"A reação a esta eleição tem que ver com o facto de estar entre uma candidata extremista – que não se revê no espaço democrático nem na Europa, como a extrema-direita e a extrema-esquerda não se revêem – e um candidato europeísta, que se revê na democracia e na liberdade".
Neste caso, o CDS "fica contente" do ponto de vista da situação francesa e do ponto de vista europeu. "É um bom resultado do ponto de vista europeu, e pouco mais que isso", certitfica Telmo Correia.
"A nossa identiificação não é plena com o seu programa polítíco – não haverá uma tentativa de colagem do CDS – mas aqui valores mais altos se levantaram", garante ainda o centrista português.
Correia recorda, no entanto, que tanto Juppé como Fillon, da referida direita gaulista, também apoiaram Macron na segunda volta das presidenciais, da qual o ex-ministro de Hollande saiu vitorioso.
Nas legislativas, que serão determinantes para a nova presidência, Telmo Correia continua a preferir a vitória dos Republicanos à do movimento En Marche, de Emmanuel Macron.
Macron foi chefe de gabinete e ministro de François Hollande, do partido socialista francês.