Enquanto, em Espanha, Barcelona e Real Madrid vão desfazendo alegremente os seus adversários mais fraquinhos – 4-0 dos merengues em Granada; 4-1 dos catalães na receção ao Villareal – e somando golos atrás de golos – 108 e 96 marcados, respetivamente -, em França, Leonardo Jardim e as suas jovens flores do Mónaco estão cada vez mais próximos de atingirem um sensacional título de campeão.
Em Nancy, os golos de Badila (na própria baliza), Bernardo Silva e Lemar (3-0) garantiram a manutenção do primeiro posto com três pontos de vantagem sobre o até aqui imparável Paris Saint-Germain. A verdade dos factos manda dizer que o treinador português está a fazer um trabalho surpreendente e de enorme excelência. Sem as verbas milionárias do clube parisiense, Jardim conseguiu construir um conjunto à base de meninos capaz não só de ombrear com os campeões como de os ultrapassar nesta corrida que se aproxima vertiginosamente do final. Apenas duas jornadas os separam, agora, da vitória derradeira. E os 98 golos marcados em 35 jogos dão uma ideia clara do tipo de jogo que o técnico madeirense implantou no principado: avalanches sucessivas de ataques e contragolpes. A desilusão que marcou, iniludivelmente, a primeira mão da meia–final da Liga dos Campeões frente à Juventus – derrota caseira por 0-2 – foi de imediato esquecida. O objetivo passou a ser apenas um. Serão o Lille (casa) e o Rennes (fora) a ditar o futuro dos monegascos.
Em Itália, Lazio e Sampdória protagonizaram, no Estádio Olímpico de Roma, um daqueles espetáculos que surgem uma vez em cada campeonato. A vitória dos romanos por 7-3 afirma de forma definitiva o seu acesso às provas europeias da próxima época, ao mesmo tempo que o Inter de João Mário se perde em exibições deprimentes – desta vez, derrota em Génova, frente ao Génova, por 0-1.
Em Inglaterra, Mourinho ameaçou fazer poupanças para a segunda mão da Liga Europa e cumpriu, condenando-se a uma derrota em Londres, frente ao Arsenal. Decidiu o português que será mais fácil atingir a Liga dos Campeões através de uma vitória naquela prova do que através do quarto lugar na Liga inglesa. Assim, deixou os vizinhos do Manchester City de Guardiola – goleada por 5-0 ao Crystal Palace – mais à vontade. Por seu lado, Marco Silva viu-se derrotado em casa pelo último classificado, o Sunderland, e mergulhou, mais uma vez, para debaixo da linha de água, que pode condenar o seu Hull à descida de divisão. Vida difícil para o antigo treinador do Sporting, que ainda tem de visitar o Crystal Palace e receber o Tottenham. E se os Spurs já não têm ambições, o Palace está com a corda na garganta.