António Carmona Rodrigues foi convidado por Assunção Cristas para ser o candidato do CDS-PP à presidência da Assembleia Municipal, acompanhando assim a líder centrista nos boletins de voto dos lisboetas para as eleições autárquicas de 1 de outubro.
Ainda a ponderar a proposta que lhe foi feita pelo CDS, Carmona, que já foi autarca na capital, tem relevado considerável empenho no seu papel como mandatário da candidatura de Cristas em Lisboa, coordenando o ciclo de conferências temáticas ‘Ouvir Lisboa’ e participando em visitas. O i sabe que o ex-presidente da Câmara de Lisboa estará disponível para aceitar ser o número um à Assembleia Municipal na lista dos centristas.
Ecologistas e monárquicos com Cristas A restante lista contará também em lugares cimeiros com candidatos do Partido Popular Monárquico (PPM) e do Movimento Partido da Terra (MPT), tendo o acordo de apoio sido aprovado anteontem em reunião da concelhia do CDS/Lisboa.
Ontem, o CDS fechou também o convite feito a João Carvalho para ser candidato a uma junta de freguesia da cidade, sendo que este era um nome com que o PSD tencionava contar.
Assunção furta assim dois apoios tradicionais do PSD a nível local – o MPT e o PPM –, um candidato à junta (João Carvalho) e um antigo presidente de Câmara de Lisboa: Carmona Rodrigues.
Mútuo respeito Quando assumiu a responsabilidade de mandatário, o engenheiro disse: “Eu já conhecia Assunção Cristas pelo trabalho como ministra da Agricultura e do Mar e sempre tive dela uma imagem muito positiva. Quando decidiu ser candidata, apareceu com um discurso muito assertivo e focado em áreas que acho críticas para a cidade”.
Cristas retribuiu os elogios, afirmando: “O professor Carmona Rodrigues também partilha comigo esta visão de que é preciso fazer as coisas bem feitas e é preciso não deixar ninguém para trás. A sua experiência de autarca exprime exatamente o que nós queremos, que é a abertura a independentes e a outras áreas”.
António Carmona Rodrigues foi presidente substituto da Câmara Municipal de Lisboa entre julho de 2004 e março de 2005, assumindo a presidência entre outubro de 2005 e maio de 2007.
Abandonou, na altura, o cargo por ser constituído arguido no caso Bragaparques em torno do processo de venda dos terrenos do Parque Mayer e de Entrecampos, ações considerados nulas pela justiça. Anos mais tarde, foi ilibado. O PSD nunca lhe pediu desculpa por o ter deixado cair.