«É um cenário plausível. Basta o primeiro árbitro se intimidar e os outros vão por arrasto. E quando não acontecer, vai haver outra agressão. Se o Madureira não estivesse nessa equipa, os árbitros davam vermelhos. Como está lá, não dão. Naquele incidente com o Rio Tinto, o Macaco é que agarrou o árbitro e disse ao outro jogador para o atingir. O Canelas deve ser a equipa com mais fair-play do campeonato, porque os árbitros não lhes mostram cartões. As ameaças não são visíveis nas câmaras», salienta, desmentindo Lourenço Pinto em relação à ausência da descrição dos incidentes nos relatórios dos árbitros: «É mentira! Há árbitros e delegados que escreveram e os próprios vice-presidentes da AF Porto, em reunião com os clubes, declararam que há ameaças. Curiosamente, a partir desse momento, nunca mais puderam ter a palavra nas reuniões… Eles próprios dizem que também têm medo. Só o Lourenço Pinto é que não tem, porque é advogado do Fernando Madureira!».
Dos presidentes ouvidos pelo SOL, só Joaquim Barbosa, presidente do Rebordosa, aceitou divulgar a sua identidade. Admitindo que, por vezes, há «situações menos boas» nos jogos com o Canelas, garante ainda assim que «eles não são nenhuns bandidos» e promete comparecer a jogo na última jornada, onde as duas equipas poderão ainda estar a lutar pela subida: «Não temos medo nenhum de jogar contra o Canelas. Se subirmos nós, fazemos nós a festa; se subirem eles, fazem eles». De qualquer forma, também vê um «campeonato manchado» e «desvirtuado». «Duas equipas ganharam três pontos sem jogar. Isto não é verdade desportiva. Somos campeões europeus e isto mancha a imagem do futebol português no mundo», sentencia o líder do Rebordosa.