A represetação portuguesa venceu a edição de 2017 da Eurovisão, na Ucrânia, com um total de 758 votos. Com "Amar Pelos Dois", Salvador Sobral conseguiu o primeiro lugar tanto na votação do júri como no televoto. O segundo classificado foi a Bulgária, com 615 votos, seguida da Moldávia, com 374.
"Quero dizer que vivemos num mundo de música descartável, música fast food sem qualquer conteúdo", começou por dizer Salvador Sobral assim que subiu ao palco depois de anunciada a sua vitória. "Acho que isto pode ser uma mudança para a música, com pessoas que façam música que signifique realmente alguma coisa, a música como sentimento. Está na altura de mudar e de trazer a música, que é o que realmente importa, de volta."
De seguida, como tinha acontecido já no Coliseu dos Recreios, onde no Festival da Canção foi escolhida a canção que representaria Portugal nesta edição da Eurovisão, Luísa Sobral subiu ao palco para acompanhar o irmão na interpretação final da canção vencedora.
Já em conversa com José Carlos Malato, Salvador Sobral haveria de acrescentar que está consciente de que os concursos televisivos são "muito efémeros" e que "o importante é continuar a fazer música". Mas reiterou que a vitória de uma canção com "tanto conteúdo emocional e melódico pode ajudar de alguma maneira a que nos anos próximos a Europa traga músicas com um bocadinho mais de significado a todos os níveis". Salvador Sobral fez ainda referência ao apelo de Caetano Veloso ao voto em "Amar Pelos Dois" no Twitter: "Esse vídeo vale mil vezes mais do que este… coiso. Muito mais, muito mais."
Foi a primeira vitória em 49 participações de Portugal na Eurovisão, que tinha conseguido a sua melhor classificação em 1996, com o sexto lugar de Lúcia Moniz, com "O Meu Coração Não Tem Cor".
Notícia atualizada às 00h10