Xi Jinping falava no segundo dia do encontro sobre a nova Rota da Seda, um projeto de infra-estruturas destinado a reavivar as antigas rotas de comércio, terrestres e marítimas entre a Ásia, a Europa e África.
“A globalização depara-se com alguns ventos contrários”, disse Xi Jinping a líderes de diversos países, como por exemplo a Espanha, Turquia, Rússia ou Paquistão em Pequim.
“Precisamos de procurar resultados através de maior abertura e cooperação, evitar a fragmentação, abstermo-nos de fixar limiares que sejam inibidores da cooperação ou de procurar entendimentos exclusivos e rejeitar o protecionismo”, acrescentou.
O presidente chinês comparou os países aos gansos que conseguem “voar longe e em segurança através de ventos e tempestades porque se mexem em conjunto e ajudam-se uns aos outros como uma equipa”.
O encontro teve como objetivo promover o “One Belt, One Road Initiative”, o nome do projeto da nova Rota da Seda. Xi Jinping anunciou depois que a cimeira de dois dias chegou a um “consenso alargado” sobre o projeto e que a China organizaria um novo encontro em 2019.
“Reafirmamos o nosso compromisso conjunto para construir uma economia aberta, assegurar o comércio livre e inclusivo, contrariar todas as formas de protecionismo, inclusive na construção da One Belt, Onde Road Initiative”, revelarem os participantes do encontro num comunicado conjunto.
A iniciativa "Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI", conhecida na versão simplificada como "Uma Faixa, uma Rota" ("One Belt One Road" em inglês) inclui ligações rodoviárias, ferroviárias e portuárias.
Nas contas de Pequim, pode abranger 65 países e 4400 milhões de pessoas, quase 60% da população mundial. No domingo a China anunciou mais 120 mil milhões de euros para um projeto que já tem assinalados 890 mil milhões de euros para quase 900 projetos.