Assunção Cristas, a candidata do CDS-PP à Câmara de Lisboa, defendeu esta sexta-feira o seu plano de expansão do Metro, afirmando não ser megalómano e que custaria 1.876 milhões de euros – 144 milhões anualmente, 80% dos quais de fundos comunitários.
"A comparticipação nacional poderá vir por diversas formas, mas estamos a falar de 28 milhões de euros por ano. Não é uma megalomania, como alguns queriam fazer crer. Tal como não é uma megalomania querer fazer uma média de 1,5 estações por ano em 13 anos, quando no passado o que tivemos foi 1,2 estações por ano", defendeu Cristas.
O plano, apresentado esta sexta-feira, começou a ser elaborado por Assunção Cristas e pelo Gabinete de Estudos do CDS-PP há cerca de oito meses, coordenado por Miguel Moreira da Silva e nele participaram especialistas externos ao partido, avançou Cristas.
A candidata do CDS avançou ainda que este projeto prevê um investimento total de 1.876 milhões de euros, 80% dos quais de fundos comunitários e o restantes 20% de comparticipação nacional, a um ritmo de 28 milhões de euros por ano, no montante nacional, e de 115 milhões de euros na componente europeia.
"É preciso agora que haja vontade política por parte do Governo, que é quem tem a responsabilidade de fazer o desenvolvimento deste plano, mas também por parte da Câmara Municipal de Lisboa, que é das principais, com as câmaras envolventes, ativos e beneficiárias deste plano", comentou Assunção Cristas.
"O que é importante é que o Governo diga o que entende sobre isto, se acha que é uma boa ideia a expansão para Ocidente, porque, essencialmente, essa é a parte mais inovadora deste plano, o resto já está estudado pelo Metro em vários momentos e até já foi anunciado no passado", sustentou a candidata.
A previsão de Cristas é de que, entre 2017 e 2025, sejam construídas as estações de Algés, Belém, Ajuda, Santo Amaro, Alcântara-Terra, Campo de Ourique, Amoreiras, Campolide, Benfica, Uruguai, Padre Cruz, Senhora da Luz e Fernando Namora.
Após isto, estima-se que até 2030 se acrescente à linha vermelha as estações de Alvito e Prazeres, e à linha amarela, as estações de Santo António dos Cavaleiros, Frielas e Loures, e ainda uma extensão da linha vermelha a partir de Moscavide para criar as estações de Portela e de Sacavém.
"O alinhamento com 2030 pareceu-nos muito ajustado, até porque, na questão do financiamento, 2030 permite-nos abarca não apenas o atual quadro comunitário em vigor, mas também mais dois próximos quadros comunitários", afirmou Cristas.
Para além desta rede de Metro, o plano prevê ainda a criação de dois mil postos de trabalho por ano e a redução de cerca de 40% da emissão de carbono em Lisboa, segundo declarações prestadas por Miguel Moreira da Silva.