A polícia britânica pode já ter chegado à identidade do homem que se fez explodir na noite de segunfa-feira em Manchester, matando 22 pessoas e ferindo outras 59, naquele que é o mais sangrento ataque terrorista no Reino Unido em mais de uma década.
Theresa May revelou-o na manhã desta terça-feira, na sua resposta ao atentado que atingiu o átrio de um pavilhão onde naquela noite atuara a cantora norte-americana Ariana Grande, dizendo também que entre os feridos e mortos estão crianças.
“Pode demorar algum tempo a estabelecer os factos”, disse Theresa May, sugerindo que a polícia, provavelmente através das gravações de videovigilância, chegou com rapidez a um possível atacante, que não foi ainda identificado.
Como resultado da investigação preliminar, a polícia britânica anunciou ao final da manhã desta terça-feira uma primeira detenção, de um sujeito de 23 anos, realizada no sul de Manchester. Não foi dada mais informação sobre o detido.
A prioridade para os serviços de informação e autoridades é por enquanto a de estabelecer se o atacante de segunda-feira atuou a sós ou se faz parte de uma rede mais vasta que pode estar a planear novos ataques em solo britânico.
“Todos os atos de terrorismo são ataques cobardes contra pessoas inocentes, mas este ataque destaca-se pela sua chocante e doentia cobardia”, lançou Theresa May, à medida que se confirmava a morte de uma rapariga de 16 anos.
De acordo com os relatos vindos do átrio do pavilhão de Manchester, o atacante pode ter utilizado um cinto de explosivos com estilhaços, o que torna um atentado bombista muito mais letal. Não há informação sobre a gravidade dos feridos, mas pelo menos 12 foram enviados para o hospital pediátrico de Manchester.