Foi rápida e discreta, mas a cena encontra-se com facilidade no Youtube. Trump toca ao de leve na mão do Papa, para o convidar para um aperto de mão, e em contrapartida recebe uma bofetada na própria mão.
Assim, Trump ficou a conhecer a sensação quando Angela Merkel lhe pediu um aperto de mão três vezes seguidas, e ele recusou. Mas, no encontro de ontem, as expressões faciais dos altos responsáveis falavam por si: enquanto Trump tinha um sorriso amplo, mas forçado, o Papa Francisco tinha um ar notoriamente constrangido.
Já alcunham o Papa Francisco “o Papa dos pobres”. De facto, os discursos e as visitas dele são sobre os mais fracos entre os fracos, os pobres, os refugiados, os desempregados. Já chegou a afirmar que despedir pessoas por razões económicas, para maximizar os lucros, é um “pecado gravíssimo”. Espero que os empregadores tenham as suas palavras em atenção, tal como os responsáveis políticos não se esqueçam que têm de acolher os refugiados (como a Polónia e a Hungria não fazem). Porque a indiferença mata.
Este Papa é diferente, para melhor, de todos os que me lembro (São João Paulo II e Bento XVI). Pela palavra, e pela ação, é um homem notável.