A questão das tecnologias e da importância que estas têm na sobrevivência dos seres humanos foi um dos temas abordados ontem, no primeiro dia das Conferências do Estoril, que decorrem até 31 de maio. Será que os novos gadgets podem servir como respostas para a crise humanitária que vivemos hoje em dia? Joséphine Goube, CEO da Techfugees, empresa social que promove a integração de refugiados através da tecnologia, acha que sim.
“Sem smartphones ou internet, a crise dos refugiados seria ainda mais catastrófica”, afirmou a especialista. Goube afirma que a tecnologia pode aliviar o sofrimento destas pessoas, ajudando-as a encontrar amigos, familiares ou até a procurar um sítio onde ficar ou um emprego.
Um jovem refugiado presente na conferência partilhou a sua experiência: “muitas pessoas admiram-se quando encontram um refugiado com um smartphone. Não olhem com maus olhos para estas pessoas porque um telemóvel é, muitas vezes, a única coisa que levam consigo para pedirem ajuda”.
A Techfugees está presente em 25 países e conta com o apoio de 15 mil trabalhadores voluntários. Muitas das aplicações desenvolvidas foram criadas por refugiados.