A imagem que milhões de pessoas viram na televisão – além dos milhares que estavam no estádio – no passado domingo ultrapassou a ficção e vem colocar grandes desafios para o futuro. Irão as enormes filas de trânsito passarem para o ar, quando as hoverboard se massificarem e tiverem outra autonomia de voo? É bem possível que sim, e a realidade não pára de nos surpreender. Quando em 1985 surgiu o filme Regresso ao Futuro, poucos poderiam imaginar que um romeno que vive no Canadá conseguiria fazer uma ‘prancha’ voadora à semelhança da de Marty McFly, a personagem principal que andava para trás e para a frente no tempo.
Antigamente era comum dizer-se que muitas das ‘engenhocas’ que surgiam nos filmes do famoso agente secreto 007 se baseavam nos grandes avanços que a indústria militar americana e britânica ensaiava nos seus laboratórios secretos. Mas a história do romeno tem a particularidade de ser uma ‘engenhoca’ caseira feita e elaborada por si. É certo que a ‘prancha’ voadora tem uma autonomia muito escassa e não atinge grandes altitudes. Mas se Duru conseguiu chegar a este protótipo, o que nos esconderão as indústrias militares e civis americanas, chinesas, russas, israelitas ou ingleses? A ‘prancha’ é uma espécie de drone com um passageiro, mas abre portas infindáveis para os transportes do futuro. Numa época em que a esperança de vida não pára de aumentar, em que os meios tecnológicos nos surpreendem diariamente – é ver, por exemplo, o protótipo do maior avião do mundo concebido para ajudar a levar foguetões para o espaço – como será a sociedade daqui a 50 anos? Tudo aquilo que vimos nos famosos filmes do 007 deverá parecer uma coisa arcaica. Mas outra questão se coloca, já agora, em relação ao Regresso ao Futuro. Será que algum dia conseguiremos viajar no tempo ou o teletransporte passará a ser uma realidade? Não há dúvida que o futuro será fascinante, apesar de as desigualdades se perpetuarem. Num lado do mundo teremos sociedades altamente avançadas enquanto no outro continuaremos na idade das trevas.
Regressando à ‘prancha’ do romeno, a Federação Portuguesa de Futebol acertou em cheio na sua contratação. Mais do que o jogo em si, o voo de Duru foi notícia em muitos países europeus.