“Hoje anunciamos o mais recentemente da nossa família 737, o 737 MAX 10”, disse um responsável da Boeing durente o Paris Air Show, que começou ontem.
O MAX 10 é o maior dos modelos 737 e compete diretamente com o Airbus A320 neo. Com os mais recentes avanços em motores e aerodinâmica, a Boeing promete às companhias aéreas poupanças significativas de combustível. Estas responderam com centenas de encomendas deste modelo.
Os aviões de corredor único são os mais numerosos das frotas e a Airbus, que foi a primeira a atualizar os seus aviões de médio curso, lidera o mercado com 60% de quota.
De acordo com a Boeing, o 737 MAX 10, com capacidade para transportar 230 passageiros, custa menos 5% a operar que o Airbus A321neo.
Uma vez que estes aviões têm mais capacidade de transporte têm tido mais procura da parte das companhias low-cost bem como das empresas que têm como objetivo utilizá-los para nos voos transatlânticos.
A Boeing anunciou também que a BOC Aviation, uma empresa de leasing de jatos, encomendou dez 737 MAX 10, num negócio de 1,12 mil milhões de euros.
Uma primeira versão do 737 MAX está em exposição no aeroporto Le Bourget, norte de Paris, local do certame.
O International Paris Air Show, que se realiza de dois em dois anos é o maior evento de aeronáutica e espaço de todo o mundo. Nesta sua 52.ª edição, que decorre até dia 25, o Cluster português da Aeronáutica, Espaço e Defesa (AED Cluster Portugal) irá marcar a sua presença no stand da empresa portuguesa Active Space Technologies
Durante o evento, o cluster vai anunciar as negociações do Estado com a Embraer para a aquisição de cinco aeronaves KC-390 com opção de mais uma e um simulador de voo para instalação e operação em território nacional.
Serão também assinados protocolos de colaboração entre o cluster português e os de Hamburgo (Alemanha) e de Ontário e Montréal (Canadá).
Com Hamburgo, um dos polos mais importantes da indústria aeronáutica na Europa, o objectivo do protocolo é reforçar a participação de empresas portuguesas no setor aeronáutico europeu.
No caso do Canadá, um dos pouco países que fabrica aviões, o objetivo passa por estreitar as relações comerciais entre as empresas portuguesas e canadianas.
Hoje em dia o AED Cluster Portugal representa mais de 60 entidades e 18 mil empregos, com uma faturação total superior a 1700 milhões de euros, dos quais mais de 80% correspondem a exportações.