Mas se o controlo de incêndios é dificultado pela dominância do eucalipto plantado, a tarefa não é mais fácil com os pinheiros que também tem um papel preponderante na zona ardida no concelho de Leiria. A explicação é simples: estas duas espécies ardem muito facilmente.
Mas ao contrário destas, há espécies que funcionam como verdadeiras “árvores bombeiras” e que ajudam a controlar os danos em casos de catástrofes. É o caso dos vidoeiros, carvalhos e castanheiros. A garantia é dada pelos investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). “São árvores folhosas e mantêm o ambiente relativamente húmido”, revelam.
Esta é considerada pelos investidores a solução que irá permitir, a longo prazo, minimizar o flagelo dos incêndios. No entanto, também requerem outros cuidados: precisam de locais de solo mais fresco, de melhor qualidade e, por isso mesmo, ocupam geralmente zonas onde há mais solo e mais humidade.
A verdade é que no final do mês passado, o ministro da agricultura anunciou a abertura de um novo concurso para a florestação de azinheiras, sobreiros e carvalhos, com uma dotação global de 27 milhões de euros.
“O que pretendemos é ter uma floresta melhor, mais bem gerida, geradora de riqueza e de emprego e menos suscetível aos incêndios florestais. Para isso, é preciso trabalhar em várias frentes ao mesmo tempo, desde logo no ordenamento florestal”, referiu Capoulas Santos, quando anunciou este novo concurso, acrescentando que, “para isso, é preciso trabalhar em várias frentes ao mesmo tempo, desde logo no ordenamento florestal”.