Costa e secretário de Estado têm versões diferentes em relação à estrada N236

A N236 ficou conhecida como “estrada da morte”

O primeiro-ministro, António Costa, e o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, têm versões diferentes relativamente ao que se passou na N236, onde morreram 47 pessoas na sequência do incêndio de Pedrógão Grande.

Jorge Gomes referiu, à TSF, que a GNR lhe tinha dado indicação de que a estrada tinha sido cortada. “Uma das primeiras perguntas que fiz à Guarda Republicana foi se a via estava fechada. A Guarda Republicana informou-me que sim, que a via estava fechada”.

No entanto, António Costa disse, em entrevista à TVI, que a GNR não tinha dado ordem para o encerramento da estrada: “Não foi dada essa instrução pelo comando da Guarda, pelos militares da Guarda no local e, provavelmente, também não pela Autoridade Nacional de Proteção Civil”.

O primeiro-ministro leu a carta da resposta oficial da GNR em direto, onde se pode ler: "O fogo terá atingido esta estrada, de forma totalmente inesperada, inusitada e assustadoramente repentina, surpreendendo todos, desde as vítimas aos agentes da Proteção Civil, nos quais se incluem os militares da GNR destacado para o local".

Recorde-se que o incêndio de Pedrógão Grande, a lavrar desde sábado, fez um total de 64 mortos, dos quais 47 morreram na N236, e 179 feridos, sete deles em estado grave.