O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, garantiu esta quarta-feira que o país "não se vai deixar intimidar pelos terroristas", enaltecendo a resposta célere das autoridades que na terça-feira "neutralizaram" um homem que se fazia acompanhar por explosivos, evitando um atentado na Gare Centrale (estação de caminhos-de-ferro de Bruxelas) – chegou a produzir-se uma explosão, mas "de fraca intensidade" e sem provocar vítimas, segundo o Ministério Público.
Na sequência da mesma, a estação foi evacuada e o trânsito ferroviário e a circulação do metropolitano interrompidos, bem como a circulação de autocarros nas imediações do edifício.
O chefe do executivo belga realçou ainda que a operação de neutralização dos militares foi um ato de risco, dado que o atacante transportava "mais explosivos" do que apenas aqueles que levava na mala. O homem, de idade compreendida entre 30 a 35 anos, fez explodir uma mala na sobreloja da estação, pelas 20h30, acabando por ser abatido a tiro. Testemunhas garantem ainda que o mesmo carregava um cinto de explosivos.
Charles Michel anunciou ainda o aumento de medidas de segurança, sobretudo em eventos públicos, nomeadamente um concerto previsto para esta quarta-feira e que vai decorrer no Estádio Rei Balduíno.
Entretanto, o ministro do Interior belga, Jan Jambon, anunciou já esta quarta-feira que o autor do ataque já foi identificado, mas não revelou a identidade do suspeito. "A identidade do terrorista é conhecida. Conseguimos identificá-lo", disse apenas Jambon à televisão belga RTBF.
Bruxelas, recorde-se, está em estado de alerta desde março de 2016, depois de bombistas suicidas terem matado 32 pessoas numa estação de metro e no aeroporto da capital belga.