A história já era conhecida do público, mas mesmo assim foi novamente abordada ao jogador português, que lá voltou a explicar: é Pizzi em honra de um antigo avançado nascido na Argentina mas internacional por Espanha, que nos anos 90 marcava golos atrás de golos na Liga espanhola – primeiro no Tenerife, depois no Barcelona.
Ora, esse mesmo Pizzi (que ainda passou sem grande destaque pelo FC Porto em 2000/01) é hoje Juan Antonio Pizzi, precisamente o selecionador do Chile, que esta quarta-feira defronta Portugal na primeira meia-final da Taça das Confederações. E também o técnico foi questionado sobre o possível encontro com o jogador que ostenta o nome na camisola em sua homenagem. Pois bem: o Pizzi treinador conhecia a história e não escondeu a felicidade ao abordá-la. "Quando começou a jogar fizeram-lhe uma pergunta para saber se teria alguma relação familiar comigo. Já nos cruzámos uma vez, há uns anos, numa entrevista de rádio em Espanha. Já tinha tido a oportunidade de saudá-lo e amanhã quero voltar a fazê-lo. Tenho um carinho especial por ele por causa de utilizar o meu nome pelos motivos que se conhece", assumiu o selecionador do Chile.
Deixando ainda uma palavra de solidariedade para com a tragédia de Pedrógão Grande – "Quero mandar um abraço de condolências e solidariedade pelas vítimas do último incêndio" -, Juan Antonio Pizzi lembrou com saudade os tempos em que jogou no FC Porto: "Tenho muitos amigos em Portugal. Para mim foi uma grande experiência ter estado num dos melhores clubes do mundo, que é o FC Porto, tanto é assim que uns anos depois de eu lá ter estado venceu a Liga dos Campeões. Não esqueço que estive numa cidade fantástica e com gente maravilhosa."
Curiosamente, o antigo Pizzi foi treinado nas Antas… por Fernando Santos, num daqueles maravilhosos desígnios do futebol. E o selecionador português só tem elogios para o antigo pupilo, apesar do pouco tempo de ligação. "Tive um enorme prazer e foi uma honra para mim ter a oportunidade de ter trabalhado com o Juan Antonio durante, infelizmente, pouco tempo. Ele vinha de uma lesão, tinha sido operado a um joelho, foi um momento difícil para ele quando chegou ao FC Porto, mas há coisas que me marcaram. Uma delas foi estar na presença de um senhor, quer enquanto profissional, quer enquanto homem. Nas conversas que tivemos ao longo do tempo, sempre falámos de futebol e deixou-me sempre a ideia clara que o futuro dele ia passar pelo futebol na condição de treinador. Hoje está aqui por mérito próprio, pelo excelente trabalho que tem feito, portanto vai ser um prazer encontrá-lo. Já nos tínhamos visto quando foi o sorteio, é na realidade um excelente senhor", realçou o selecionador nacional de Portugal.