Os pais queriam levar o bebé aos Estados Unidos para tentar um tratamento experimental que acreditavam poder salvar a criança, e assim “evitar a morte digna que lhe havia disso decretada por um juiz britânico”, escreve o El País.
Segundo Estrasburgo, não “há possibilidade de êxito” com o tratamento experimental, que apenas serviria para “causar mais danos a Charlie”.
Os pais do bebé – e que já viram o seu apelo ser negado na barra dos tribunais britânicos, antes de chegarem ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos – não podem recorrer a mais nenhum organismo, pelo que terão de aceitar “a morte com a maior das tristezas”, admitiu o magistrado Nicholas Francis citado pelo diário espanhol.
“Quero dar graças aos pais de Charlie pela sua valente e digna campanha em nome do seu bebé e pelo sua total dedicação ao seu maravilhoso filho desde o dia em que nasceu”, acrescentou o magistrado.
Charlie sofre de uma doença rara e precisa de estar ligado 24 horas por dia às máquinas para sobreviver. Segundo os médicos que acompanharam o caso, não há cura para o menino. Após a decisão de Estrasburgo, a máquina será desligada nos próximos dias.
“Nunca é fácil quando a opinião médica e judicial é contrária ao desejo dos pais, mas a nossa primeira responsabilidade enquanto hospital é fazer prevalecer os direitos da criança”, disse fonte do hospital à BBC.