O alarme chegou aos aliados externos. A embaixada dos Estados Unidos em Lisboa reforçou a segurança. E a NATO acompanha a situação a par e passo.
O Presidente está a recolher informação sobre o ataque ao quartel onde está estacionada a elite militar portuguesa e afirma que só falará publicamente quando «for oportuno». PCP, PSD e CDS já classificaram a situação como «muito grave» e vieram exigir esclarecimentos.
O ministro da Defesa mandou abrir um inquérito, mas disse ontem que o caso «não era a maior quebra de segurança do século», uma curiosidade tendo em conta que está a falar das armas de guerra da elite militar portuguesa. Azeredo Lopes – que está na mira das responsabilidades juntamente com as hierarquias militares – optou por sugerir que um atentado terrorista seria muito pior: «Há quebras e falhas de segurança muito superiores. Nem é preciso evocar os trágicos acontecimentos que têm varrido o continente». Quanto às falhas de segurança, endossou as responsabilidades ao Exército.
Contactado pelo SOL, o general Loureiro dos Santos admite que «toda a estrutura militar fica posta em causa, a começar pelo ministro da Defesa». Apesar de considerar que o roubo das armas não é uma «ameaça iminente» para o país, Loureiro dos Santos classifica a situação como «muito grave por revelar uma vulnerabilidade do nosso sistema defensivo que é preciso investigar e punir».
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