Ricardo Santos, Susana Ribeiro e Joaquim Sequeira regressam para a semana ao Oporto Golf Club, no concelho de Espinho, para defenderem os títulos de campeões nacionais que conquistaram há um ano, mas a concorrência será ainda maior, sobretudo no torneio feminino, dada a estreia da portuguesa melhor classificada no ranking mundial, Joana de Sá Pereira, que vem de França, onde reside, à semelhança do atleta olímpico Filipe Lima.
O Solverde Campeonato Nacional PGA disputa-se de 20 a 22 de julho, distribuindo 12.800 euros em prémios monetários, com 2 mil euros para o campeão, 500 para a campeã e 500 para o vencedor no escalão de seniores. O Mateus Rosé Pro-Am realiza-se no dia 23, também no clube mais antigo de Portugal, que celebra 127 anos. O torneio é organizado pela PGA de Portugal, sendo sancionado pela Federação Portuguesa de Golfe.
A grande novidade deste ano será a estreia de Joana de Sá Pereira, uma portuguesa nascida na Suíça, que estudou nos Estados Unidos e competiu no circuito universitário norte-americano, reside em França, tornou-se profissional em 2015 e vai jogar pela primeira vez um torneio da PGA de Portugal, associação à qual pertence desde 2016.
«Estou mesmo contente de ir jogar o Solverde Campeonato Nacional. Vai ser um ótimo torneio e uma boa experiência. Vai ser uma grande honra e prazer jogar o torneio. Estou tão feliz e orgulhosa de representar Portugal, a PGA de Portugal e a Federação Portuguesa de Golfe», disse ao Gabinete de Imprensa da PGA de Portugal a jogadora de 27 anos, que compete regularmente no Ladies European Tour Access Series (LETAS), a segunda divisão europeia.
«Fico muito contente com o facto de a Joana vir jogar o Solverde Campeonato Nacional. Penso que deveria servir de exemplo para as restantes jogadoras portuguesas. Deveriam todas jogar, profissionais ou amadoras», declarou, por seu lado, a bicampeã nacional, Susana Ribeiro, que já no ano passado tinha dado mostras do seu desportivismo, uma vez que competiu doente e deu os parabéns a Leonor Bessa, a jogadora que conseguiu o melhor resultado mas que não foi aclamada campeã nacional de profissionais por ser ainda amadora.
A competir esta semana em Espanha, num torneio do LETAS, de 35 mil euros em prémios monetários, onde também está Joana de Sá Pereira, Susana Ribeiro sente-se em muito melhor forma do que há um ano, tendo jogado bem na semana passada num Pro-Am em Paris: «Em relação à defesa do título, claro que o objetivo é a vitória. Sinto que estou a jogar bem, de forma consistente e, por isso, vou dar o meu melhor para alcançar o tricampeonato».
A mesma disposição tem Ricardo Santos, campeão nacional em 2011 no Ribagolfe e em 2016 no Oporto Golf Club, que não luta por um tricampeonato mas por um triplo campeonato.
«Vou jogar porque quero defender o título e porque gosto de jogar os torneios da PGA de Portugal. Acho que o José Correia e toda a direção da PGA de Portugal merece ter o nosso apoio pelo trabalho e esforço que tem tido nos últimos anos para recuperar a nossa associação. Sinto-me bem e o objetivo é ganhar», afirmou sem hesitações o antigo campeão do Madeira Islands Open BPI do European Tour, que compete no Challenge Tour, a segunda divisão europeia, começando amanhã a sua participação no Italian Challenge Open, de 300 mil euros em prémios monetários.
Há um ano, no Oporto Golf Club, os grandes rivais de Ricardo Santos foram Tiago Cruz, Filipe Lima, Hugo Santos e Tiago Rodrigues. Cruz, campeão nacional em 2014 no Onyria Palmares Beach & Golf Resort, e em 2015 no Oporto Golf Club, só perdeu no play-off, depois de terem empatado ambos com 7 pancadas abaixo do Par. Lima, Rodrigues e o irmão mais velho de Ricardo foram 3º classificados, a apenas 2 pancadas do play-off.
Estes quatro jogadores regressam a Espinho para a semana para desafiarem o campeão em título, com destaque para Filipe Lima que regressa com um estatuto reforçado, por ter regressado em 2017 ao European Tour (a primeira divisão europeia), para além de no ano passado ter-se estreado como atleta olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro e de ter competido na Austrália, na Taça do Mundo de profissionais.
«Estou contente de poder voltar a participar no Solverde Campeonato Nacional da PGA. Sei que as pessoas envolvidas na organização têm feito um esforço grande para melhorar o nível do torneio, sei que é importante para os patrocinadores que os melhores jogadores estejam presentes e, por isso, faço questão de estar presente. Depois de representar Portugal nos Jogos Olímpicos e na World Cup, só me falta ser campeão nacional. Não vai ser fácil, o Ricardo Santos está a jogar muito bem e há ainda o Tiago Cruz. Há muitos jovens jogadores que podem vencer, mas eu vou fazer tudo para ganhar. Podem contar comigo para lutar pela vitória», asseverou o português residente em França que embora tenha sido várias vezes nº1 nacional, nunca foi campeão nacional, mas andou sempre na luta pelo título, uma vez que foi 2º em 2011 e 3º em 2016, sempre empatado com Hugo Santos, o campeão nacional de 2012.
Outros grandes jogadores nacionais confirmados para a semana em Espinho são o recordista de 11 títulos de campeão nacional, António Sobrinho; o vice-campeão nacional de 2015 (empatado com Ricardo Melo Gouveia), João Carlota; o vencedor da prova em 2012 quando ainda era amador e que só por isso não lhe viu atribuído o título de campeão nacional de profissionais, Gonçalo Pinto; o ex-triplo campeão nacional de amadores, Tomás Silva, a jogar pela primeira vez a prova como profissional; o campeão nacional de 2033, Henrique Paulino; e João Ramos, um jogador que têm competido com alguma regularidade no Challenge Tour.
Até ao início do torneio, a Federação Portuguesa de golfe anunciará a participação de alguns amadores de alta competição, sendo de realçar que em 2016 Leonor Bessa, a atual campeã nacional amadora, foi mesmo a melhor jogadora do torneio. E, também no ano passado, tanto Afonso Girão como Tomás Melo Gouveia conseguiram um top-10, apesar de serem amadores.
No que se refere ao escalão de seniores, estarão presentes este ano os campeões dos últimos anos: o português Joaquim Sequeira (2016, 2015 e 2013) e o holandês Bart van der Wind (2014).