Os moradores de Birre dizem ter sido «defraudados» e exigem que a Câmara Municipal de Cascais retire «num curto prazo» o acesso rodoviário à A5, que atualmente atravessa um bairro residencial.
No passado dia 26 de maio a Câmara de Cascais alterou o trânsito e um dos principais acessos à autoestrada que liga aquela vila a Lisboa passou a atravessar várias ruas de uma zona residencial. Alteração de trânsito que resultou do prolongamento da autoestrada até Birre e sobre a qual não foi feito qualquer aviso prévio aos moradores, acusam.
Os moradores – que já enviaram reclamações à câmara e à União de Freguesias de Cascais e Estoril a que o SOL teve acesso – salientam que na zona habitacional passaram a circular veículos pesados de transporte e porta contentores assim como automóveis em «excesso de velocidade». Tudo isto, apontam os moradores, resulta em «problemas de segurança», «poluição» e «ruído».
Perante este cenário, os moradores – na maioria estrangeiros do Reino Unido, Suécia ou Suíça – acusam a autarquia de tratar os moradores com «ligeireza» lembrando que, antes de investirem numa habitação naquela zona «foram consultar os serviços camarários onde foram assegurados de que não teriam acessos ou seriam prejudicados pela presença da autoestrada».
Os habitantes do bairro salientam ainda que o «preço dos terrenos e os impostos que pagam na área destoam em absoluto com aquilo que foi feito», lê-se nos e-mails enviados à união de freguesias. «Grande parte dos moradores fizeram um investimento considerável numa zona habitacional cara que paga um dos IMI mais caros do país, procurando legitimamente qualidade de vida» e hoje «viram-se obrigados a colocar as suas casas à venda», refere ainda o documento.
Em resposta a autarquia gerida por Carlos Carreiras, já enviou dois técnicos para avaliar a circulação de trânsito naquela zona, estando em marcha um estudo para apresentar soluções.